segunda-feira, novembro 28, 2005

vidas miseráveis

Venho partilhar a minha indignação frente a certas dedicatorias que certos livros trazem e não deveriam trazer...
Tudo começou numa tarde chuvosa e fria de inverno, quando, pela primeira vez abri o Netter (para os leitores não familiarizados com o mundo medico é um atlas de anatomia, ou seja um livrinhos cheio de desenhos do corpo humano, tipo BD...ou não!), e qual não é o meu espanto quando vejo na primeira página "to my dear wife Vera".
O tipo só pode estar a brincar...vai dedicar um livro cheio de desenhos do corpo humano, que ele próprio desenhou, sim, mas provavelmente para isso passou metade da sua vida enfiado numa sala de dissecação, na companhia, não da Vera mas de um monte de mortos e mais!estou a imagina-lo a levar para casa bocados de corpos naqueles dias horrorosos em que a morgue deve estar fechada, tipo Natais e coisas do género...se calhar até ofereceu dedos, narizes e orelhas à pobre da Vera nessas épocas festivas, porque não deve ter tido tempo para ir às compras...E digo mais, acho que a Vera lhe atirou o livro à cabeça quando o abriu e viu a dita dedicatória "oh nettas (diminutivo pelo qual é conhecido no seu círculo de amigos) não viste os papeis que te mandei de divórcio?é que a serio...get a life!já não sou a tua dear wife...tens de mandar parar todas as impressões" e nisto aparece à porta o Sobotta (autor de outro livro de desenhinhos) "então pah, oh nettas!espero que não te importes que esteja a viver aqui, na tua casa, tive que vir consolar a tua mulher pah, não parava de se querer matar, para ver se assim reparavas nela"

e pronto, assim é a triste historia do Netter, Nettas pós amigos...

não percam o proximo episódio, Guyton vs. Lehningher

quarta-feira, novembro 23, 2005

In the begining at the boring time
Back in 1999
Tv cleaned up the diferences
Between punishmant and the cryme

On the planet Earth there was no more fun
No sex no drugs no rock'n'roll
All music was changed
To the fashion show


White man had British pop
And Black man had soul
But there was not a drop of a blood
'cose video killed rock'n'roll

And God said oh my God
Whats happen to the human being
What's happen to my lovely creature
They all become a cold machine
No more love no more power
Machine without gasoline
Wake up wake up wake up crowd
Wake up from your boring dream


There is a lighting there is a thunder
What's up with you I wonder
Lift your sholders stamp your feet
Produce the extra proteins
I am gonna hit you hit you hit you hit you
Hit you hit you hit you hit you hit you
Hit you with my rhythm stick

So

Let there be light
Let there be sound
Let there be the music devine
Cos it's unza unza time


ponto

sábado, novembro 19, 2005

o raio dos bífidos

Vou às compras.
Leite, com bífidos, iogurtes...bífidos, queijo, sumo, cereais, e até as bolachas, com bífidos! Bifidos activo, bifidos para regular o trânsito intestinal (adoro esta frase...), melhore a sua saúde com bifidos, bifidos bifidos bifidos...ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

sexta-feira, novembro 18, 2005

MacGuyver is my middle name

Tenho a dizer que isto de me armar em MacGuyver não tem dado grande resultado...

Primeiro foi o duche, que se estragou. Aquele tubinho que leva a água desde a torneira ao duche furou-se, então saía mais água por aí do que propiamente pelo duche, o que me fazia estar meia hora para tirar o sabonete todo...e bem, la fui eu, com um rolo de fita cola envolver o tubo inteiro...nesse mesmo dia os senhorios ligaram a dizer que iam substituir o tubo, então, lá fui eu desfazer a minha obra. Resumindo, o balance total da coisa foi, um enorme furo num dedo e um arranhão (ao tirar a fita cola), um rolo de fita cola pó galheiro, e tempo desperdiçado...

A última ainda correu melhor...perdi a chave do correio, e, como não queria pedir aos senhorios para virem cá já esta semana (pois o caso duche foi na semana passada) resolvi armar-me, outra vez, em MacGuyver porque preciso mesmo de uma carta que lá tenho da faculdade. Primeiro tentei à força, não deu. Depois tentei abrir a fechadura com um gancho, não deu. Por último, e já em desespero, colei uma pastilha elástica na ponta do gancho, que enfiei na abertura para ver se colava à carta e assim a poder tirar. Resumo de história, uma pastilha elástica colada à carta, que por sinal continua na caixa do correio, um gancho estragado e tempo desperdiçado...

Acho que vou desistir destas aventuras

segunda-feira, novembro 07, 2005

viagens

Já me tinha esquecido o engraçado que é viajar de metro...olhar para as pessoas, que o único de comúm que têm seja talvez estar aquela hora na mesma carruagem, e imaginar as suas vidas. A mulher que nítidamente não tem a noção do tempo e espaço e passa a viagem toda a olhar embevecida para o anel típico de noivado enquanto sorri, e, a julgar pelo fato que carrega diria mesmo que acaba de chegar do seu pedido de casamento. O homem que entra a ouvir música e não consegue evitar aqueles movimentos corporais próprios de um "music lover" que acaba de encontrar aquele álbum que há tanto tempo buscava. E por aí fora...

Não posso deixar de referir mais um encontro twilight, num combóio está claro... Pois estava eu na minha vidinha, sentada no combóio à espera que o pica viesse para poder dormir o resto da viagem, quando, à minha frente se senta uma senhora, daquelas que têm o aspecto inequívoco de quererem falar todo o tempo que possam e mais algum. Tal era o sono tive que ignorar as dicas que dava de começo de conversa. Para meu mal acordei bastante tempo antes do fim da viagem, e aí, não houve escapatória possível...mal abro os olhos pergunta-me se por acaso não tinha uma agulha...(sinal mais que óbvio de ânsia de falar, não?). Resumindo, era uma psicóloga´, ou pelo menos foi o que disse....e do mais reaccionário que vi na minha vida (e vivo numa cidade a que chamam Fachadolid, por isso...). Atrás de nós ia um bébé chinês, claramente adoptado, que não parou um segundo de chorar. A minha amiga explicou-me então que isso acontecia a todos os bébés "lá dos lestes", porque "eram fruto de cruzamentos, e que tinham como antecessores pessoas tuberculosas e que isso os fazia a todos loucos". Aliás, eram eles (os romenos, chineses, muçulmanos e sul americanos) os culpados de todo o crime que há em Espanha. "Uma coisa terrível. Há que ter muito cuidado, eles ao princípio são muito simpáticos mas depois...viram-se contra ti e fazem das maiores atrocidades!olha só o que se passa em França, a queimarem carros e tudo..."

E eu que dizia que me aconteciam cada vez menos coisas estranhas...