sexta-feira, setembro 30, 2005

um fenómeno estranho

Cá estou eu outra vez em Espanha...e recomeçam as aventuras twilight's.
Ora acontece que num agradável café em plena plaza mayor, nos deparamos com um senhor numa daquelas cadeiras de rodas automáticas a atravessar a dita plaza a toda a velocidade e com uma mao estendida para o infinito. Afinal de contas nao era para o infinito mas para uma moçoila que se estava marimbando para o pobre coitado. Isto originou portanto uma corrida incansável, até porque, sendo 7h da tarde estava uma multidao na rua e por isso o senhor corria numa verdadeira pista de obstáculos.
Depois deste incidente passaram por nós sem exagero umas 8 pessoas de cadeira de rodas. Disto se pode deduzir que Salamanca é uma cidade propícia a desastres que partam as duas pernas e afins...

Já Valladolid é uma cidade propícia a deformaçoes numa perna só. Explico. Fui à missa onde tanto o padre, como o sacristao e ainda o ministro da comunhao eram mancos.
É ainda uma cidade com uma grande percentagem de casamentos consanguíneos pois nunca vi tantos anoes por metro cúbico.

E assim termino o meu relatório sobre estas duas cidades.

PS- este post é um relato puramente factual e nao humorístico

sábado, setembro 24, 2005

arroz de cabidela

Numa das minhas visitas ao bairro alto fui surpreendida mais uma vez por um ser do além que definitivamente não deseja que eu consuma substâncias ilícitas...

Da última vez que trouxe substância perdi-a, desta vez foi uma coisa muito mais subtil.
Estava eu sentada com uma amiga num degrau de uma casa numa rua sombria a enrrolar umas quando aparece um sujeito:
- querem super skank?
- não obrigada
- olhem, chmo-me Tiago e vivo na Av. do Brasil
- ah...boa...
- e ganza da boa, querem?
- não obrigada
- então (sim, este nexo de logicidade muito bem empregue) vou roubar-vos uma mortalha tá bem?
- força
- tchau aí, fiquem bem

e pronto o rapazinho la se foi embora, continuámos a nossa conversa até que, quando vamos ao depósito de ganza que estava no degrauzinho entre nós, nos deparamos com um espaço vazio. O miúdo, assim na boa e debaixo dos nossos narizes tinha levado com a mortalha as nossas munições.
E com isto vou desistir de fumar em terras lusas porque admito que há uma força superior a impedir-me e eu nada posso fazer contra isso...

domingo, setembro 18, 2005

o melhor do mundo, o segundo melhor de espanha

A partir do momento em que pus a pata em Espanha que digo que este país é o USA da Europa...
Claro que é um país com um desenvolvimento invejável e um sem número de outras qualidades, o problema reside no temanho do ego patriótico dos seus habitantes (generalizando, claro). É verdade que é mau estar sempre a criticar o seu país e menosprezar tudo o que lá se cria, mas não é menos mau ficar-se cego por tudo isso. Ao longo destes últimos anos tenho vindo a reparar num grande desinteresse e desconhecimento dos espanhóis sobre tudo o que se passa no resto do mundo. Não me vou por para aqui a falar da música espanhola e do facto de dobrarem tudo, mas sim num caso que tive a infelicidade de testemunhar há alguns dias...
Ora estando eu à conversa com um grupo de amigos, entre os quais estava um espanhol, surgiu a filosofia à baila e com ela Descartes... o espanhol achou estranho que nós (portugueses) pronunciássemos o nome do filósofo à francesa e perguntou-nos porquê. Nós lá le explicámos que não costumamos coverter para português nomes. Ao que ele responde indigando que por isso mesmo deveríamos dizer Descartes à espanhola, uma vez que ele era espanhol... gerou-se então uma semi-discussão francês/espanhol que culminou numa desistência geral porque não o conseguíamos de maneira alguma convencer que Reneé Descartes era francês...

Como anexo o artigo de Vasco Pulido Valente do último sábado que é um excepcional exemplo de "Espanha a.k.a. USA da Europa"

sábado, setembro 03, 2005

como ficar rico (ainda teoria de verao)

Dado que nos ultimos dias o meu acolhedor lar tem sido a biblioteca, desenvolvi com outra comparça de estudo o negocio do futuro.
Quanto vos irrita chegar à biblioteca perfeita (com ar condicionado e aberta até às 23h) às 8.45 da manha e nao ter lugar?e depois de almoço ter que palmilhar meia cidade (exagero) para dormir a sesta? e ter que interromper o estudo para comer, comprar pilhas para o disckman ou pastilhas elásticas? imenso, nao é?
pois entao, se houvesse um COMPLEXO BIBLIOTECÁRIO que incluisse
- biblioteca
- sala de sesta
- bar
- loja de conveniência
e ainda uma sala de lazer com sacos de boxe com as caras dos professores, pilhas de livros falsos para queimar e rasgar, tiro ao alvo sendo este último também caras de professores...

Depois haveria lugares cativos, para todo o curso e study boxes só para um ano. Tal como prémios para quem conseguisse estudar mais horas diárias...

Claro que, com o tempo isto evoluiria para a "study land", mas isso fica para a proxima...

quinta-feira, setembro 01, 2005

teorias de verao

Teoria 1

nao há nada como estudar em férias.
É uma chatice, isso é inegável. Mas, tem o seu ponto positivo que é o extremo grau de atrofio. Vemo-nos frustrados porque todos os nossos amigos estao a de papo pó ar numa praia qualquer, ou nos telefonam às duas da tarde, acabados de acordar a contar a bebedeira da noite anterior enquanto nós estamos em frente aos livros desde as nove da manha. Além disso as vagas de calor escolhem sempre estas alturas para aparecer e com elas aquela vontade enorme de estar dentro de água no bem bom (digo no mar/piscina/rio,obviamente nao me da vontade de voltar para a barriga da minha mae nem para a banheira).
Isto tudo contribui para um grau acrescido de insanidade que se traduz em atitudes muito parvas como seja atirar sacos de água pela janela, andar pelas ruas com a cara pintada ou até embebedarmo-nos que nem um cacho, só porque sim, ver gato fedorento como se nao houvesse amanha...e por ai fora
No fim de tudo acaba por unir bastante os pobres coitados que sao apanhados nesta rede perigosa, ao estilo de uma seita ou mesmo de um camtil "só quem passa por isto percebe o que é".

Teoria 2

recentemente desenvolvi uma teoria relacionada com restaurantes de comida alternativa.
é que, depois de um jantar no mínimo hilariante num restaurante vegetariano, e depois de saber que o mesmo se passou com uns amigos num japonês, cheguei à simples conclusao que este tipo de restaurantes suscitam nas pessoas sentimentos extremos, seja de euforia seja de melancolia. Por isso estejam atentos a nao ir a um destes sitio se estiverem deprimidos, sob o risco de sair de lá e atirarem-se para a linha de comboio, escolham antes uma tasquinha bem tuga.